sábado, 19 de março de 2011

Filarmônica de Minas e Shostakovich

A próxima semana será especial! A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais apresentará a Sinfonia no. 11 (O Ano de 1905) de Dmitri Shostakovich, compositor russo do século XX. Esta sinfonia leva o nome "1905" em referência à manifestação popular realizada contra o governo do czar Nicolau II em 1905, resultando no que ficou conhecido como "Domingo Sangrento", quando as tropas russas atiraram contra os manifestantes, deixando centenas de mortos em São Petersburgo. Acontecimento, o qual desencadeou o que seria a Revolução Russa de 1917.



Shostakovich escreveu muitas músicas para filmes, portanto não seria estranho ouvir esta sinfonia como uma trilha sonora. O clima sombrio do 1o. movimento "O Pátio do Palácio"; a marcha dos trabalhadores e a repressão da guarda czariana no 2o. movimento "9 de janeiro"; a melodia da marcha revolucionária (Vocês caíram como vítimas) do 3o. movimento "Em memória" e o "Alarme" do 4o. movimento descrevem os acontecimentos deste "Domingo Sangrento". O último movimento possui um retorno ao clima do primeiro, com um longo e reflexivo solo de Corne Inglês, o qual estarei solando.


Já tive a oportunidade de tocar outras duas sinfonias de Shostakovich, a quinta com a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz e a primeira com a Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro, e, sempre fiquei instigado com a capacidade de suas sinfonias que através do som nos leva a imaginar os fatos descritos.

Ouça a Sinfonia aqui

Expediente:
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
Maximiano Valdés, regente
Asier Polo, violoncelo
Programa
Orrego-Salas, Abertura Festiva
Joaquim Rodrigo, Concerto em modo galante para violoncelo e orquestra
Shostakovich, Sinfonia no. 11 (O Ano 1905)
Data: 24/03/11 (quinta-feira)
Local? Palácio das Artes, BH
Hora: 20h30

quarta-feira, 16 de março de 2011

Dialeto Papa-chibé...oh saudade do meu Pará.

Texto de Carlos Mendes, retirado do blog do meu brother Guilherme Castelo.
Mais "paraense " que este texto é impossível......(risos)

Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás. Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui. Chequei tarde só tinha peixe dispré. O maninho que estava vendendo tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde. O gala-seca espirrou em cima do tamatá do moço que tinha acabado de comprar, e no meu tembéim. Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, porcaria!

Tamuatá - peixe de couraça escura

Não é potoca, não. O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo. Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda! Égua, quase levei o farelo depois. Me deu um piriri. Também...perece leso, comprar unha no veropa. Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu, mto fiiiiiirme, mas um pouco pitiú.

Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo graça. Eu pensando com meus botões...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...Fiquei na roça, levei o farelo. O sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um toró, égua-muleke-tédoidé, pense num bonde lotado. Eu disse: éguaaaaaaaa, voimbora logo.

Ônibus linha Sacramenta Nazaré

No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa aquele calor muito palha. Uma velha estava quase despombalecendo. Daí o velho que tava com ela gritava arreda aí menino pra senhora sentar aí do teu lado. O menino falou: Hmm, tá, cheiroso..
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